terça-feira, 21 de agosto de 2012

nove de copas

de tanto
pensar em teu
nome
questionei cada
letrinha
do seu corpo


puxo
sua meia listrada
puxa
seu bigode e sua barba
(nos) puxamos
um para o outro


lava essas
horas de ressaca
mas deixa
aquela hora
(a nossa hora)
não joga fora
não vai embora.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

vermelho

dor
gritante e vermelha
martela,
martela,
martela,
não cessa

vermelha
a cruz bordada
no uniforme pálido

tudo turvo
vermelho indica
saída

um sinal 
fechado pra mim
vermelho

vermelho é
o alarme falso
e a decepção bordada
no meu rosto pálido.

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

cura

perdido e sozinho
(eu)
suave e único
(você)
assim como o paraíso
(nós)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

eu sonhei com um abraço teu
e nesse sonho, eu fui me perdendo
(me desprendendo)
da realidade.
sonhei que tinha asas,
mas não sabia voar.
caí em um espectral infinito
em que procuro,
desesperadamente,
por apenas uma alma
que possa me salvar.
tudo é tão incerto,
mas tento.
mais uma vez,
eu erro.
decido seguir meu caminho,
perdido em um mundo em que
minhas asas são muito pesadas para sair do chão.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

perdeu-se



a menina dos óculos escuros anda
pelos corredores, está perdida
"olhos vazios", as paredes sussurram
ela parece não se importar
mas foge, não gosta de não ter alma
as portas da igreja se fecham, mas
os anjos continuam a cantar